A blogosfera é uma coisa curiosa, e me pego pensando nela sempre. Às vezes com pesar, porque é como se nunca conseguisse cumprir as coisas que me proponho a fazer, e às vezes só com saudade. Ou melhor, sempre com saudade. Afinal de contas esse é um lugar que me acolheu desde 2014 e cresci muito aqui, fiz muitos amiguinhos e, mesmo indo e vindo, todo mundo meio que sempre volta, né?
Uma outra coisa muito curiosa aconteceu nesses tempos em que estive longe, mais especificamente no ano passado: uma amiga pegou meu pseudônome. Pois é. Agora ela se chama Summer, e ai de quem não chamá-la assim também. Quer dizer, não é que eu não goste disso, porque eu gosto. Combina com ela. Mas de vez em quando eu fico com esse gosto meio amargo na boca, porque parece agora que eu estou copiando ela, entendem? Quando na verdade Summer sempre foi a personificação de uma mistura de quem eu queria ser e quem eu já era e escondia. Summer é meu pseudônome porque eu queria ser efervescente, incandescente, brilhante. Ao mesmo tempo, tinha medo de que ninguém gostasse dessa pessoa. Tinha medo de que desgostassem tanto que me convencessem que essa pessoa era uma coisa ruim e não deveria existir. Entendem? É meio complicado de explicar. Mas eu achei que se me guardasse bonitinha e protegida dentro de uma caixa, ninguém nunca ia matar essa pessoa que eu na verdade adorava ser e adoraria ser ainda mais. Eu tinha medo de me perder pra sempre. E esse lugar sempre me acolheu. Tem uma amorinha aqui que me conhece desde, sei lá, 2014 (??) ou 2015, e um tempo atrás ela me disse "dá pra sentir sua energia pelo jeito que você escreve, estava com saudade" e isso me tocou DEMAIS. Porque mesmo com as correções ortográficas, eu escrevo do jeito que eu sinto, do jeito que eu penso. E saber que o jeito que você fala, do meu jeito mais espevitado e aleatório e exagerado, sem ficar retirando pedaços ou pincelando cera por cima, é legal pra alguém é... muito, muito bom. Mesmo. Eu guardei isso no meu coração e um dia ainda vou imprimir e colar em algum lugar do meu quarto. Esse é a real origem da palavra sincera, né? E eu gostei muito disso.
Não sei se eu já agradeci, provavelmente sim, mas vou de novo: obrigada por me receberem tão bem. A blogosfera é aquela casa de amigo que a gente entra sem fazer cerimônia e pega a água direto da geladeira, mesmo tendo ficado tempos e tempos sem aparecer. Obrigada por me aceitarem, ao longo de.... santa deusa, 5 anos (!!!). Vocês já viram tantas versões de mim... Eu me lembro de quando esse lugar era o único em que eu me sentia bem pra ser eu mesma e pra falar alguma coisa. Qualquer coisa. Qualquer coisa que eu tivesse vontade, fosse sobre meias coloridas ou gatos espaciais. Se na vida fora do computador, olhando de perto ninguém é normal, aqui, de longe, a gente discute as coisas mais absurdas com a maior normalidade do mundo. E não tenho palavras pra expressar o quanto eu amo isso. Eu também queria comentar que mencionei ali em cima, "era o único lugar" porque, basicamente, isso tem mudado. Eu tenho sentido cada vez mais liberdade pra ser quem eu sou com as pessoas ao redor e tenho tido muito menos medo de que essas mesmas pessoas que eu gosto e admiro não gostem de mim.
Obrigada.
Pra terminar essa bagaça e comemorar que minha tendência à procrastinação me deixou terminar esse post, que era pra ter sido postado em julho, vou citar o Kurtzinho: cOme As yOu aRe.
Um adendo: minha procrastinação manda dizer que são 19:13 do dia 14 de Agosto e que o único motivo de eu ter parado de procrastinar esse post é porque estou procrastinando meus estudos pra poder vir postar (risos). Mas já estou voltando. É isto. Voltei. Estou no aguardo de ideias pra posts. Nos vemos por aí. Beijos, se cuidem, bebam água. Abracem gatinhos e cubram os pés na hora de dormir.
Foi bom te ver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário